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O tempo decorre como uma espiral.

Espirais. Círculos e ciclos. O tempo decorre como uma espiral. Roda, anda, segue e avança. Os minutos, as horas e os ritmos da vida parecem repetir-se. Nunca nada é igual. Há um início mas o fim ainda não está visível.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015





óleo sobre tela Emília Matos e Silva (colecção particular)

Sorrio à beira-Tejo
que à beira mar não rio
o mar perdido além
em devaneios. No cais
procuro em águas apartadas
pelo sulco dos barcos o sonho
em que não vou. Além
em volta do Bugio as gaivotas
descrevem baixos voos
que o céu anuncia tempestade.
Pelas vielas de Alfama
me desdobro em guitarradas
de amor pela cidade.


poema de João Mattos e Silva

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