Como podemos nós medir o tempo ? Será que é possível?
Os humanos pensaram
ter conseguido domesticar o tempo dividindo-o em segundos, minutos, horas,
dias, meses, anos. Acreditaram serem capazes de o medir com relógios da mais
sofisticada precisão. Ingenuamente espartilharam-no em sessenta segundos que
correspondem a um minuto, sessenta minutos a uma hora e assim sucessivamente.
Engano, o tempo é indomável. A minha infância e juventude levaram não anos, mas
séculos a passar. A partir de certa altura o tempo começou a andar a uma
velocidade bastante considerável, mas possível de agarrar. Agora o tempo passa
a correr e os dias em vez de terem vinte e quatro horas começaram a esgotar-se
rapidamente sem que eu consiga fazer tudo o que tinha planeado.
Todos sabem por experiência própria, que há alturas em que um minuto anda à
velocidade de caracol, desesperando quem deseja que ele termine. Há horas, dias,
semanas, meses que andam tão depressa que passam por nós como a areia da praia
que tentamos agarrar numa mão em concha.
Os astronautas sabem bem, que no espaço o tempo não pode ser medido da mesma
maneira, como a que é feita aqui na terra. Há um relógio atómico que funciona baseado em uma
propriedade do átomo, sendo o padrão a frequência de oscilação da sua energia. O
Tempo Universal Coordenado (TUC) é determinado com base nas medições da rotação
da terra. Nós e todos os outros seres vivos temos dentro um relógio biológico.
Há um comportamento cíclico de processos biológicos. O ciclo metabólico diário
envolve o ciclo de sono e vigília assim como outras funções que se repetem
diariamente mais ou menos no mesmo horário. Pensou-se que esse horário era
determinado pela luz que os nossos olhos e células captam, mas chegou-se à
conclusão de que os cegos também sentem o mesmo que as pessoas que veem quando
por exemplo fazem uma longa viagem de avião.